Taizé



Dia 10 de fevereiro parti em viagem durante uma semana ou como lhe gosto de chamar uma peregrinação. Fui em busca de mim própria, da felicidade e de perceber como ser feliz pode passar por ajudarmos à felicidade de outra pessoa.
Após 24 horas de autocarro chegara ao meu destino, Taizé, uma pequena comunidade ecuménica Cristã em Borgonha, França. Sim era aí nesse pequeno lugar que eu iria encontrar-me comigo e com os outros.
Era a 4 vez e apesar disso sentia como se fosse a primeira, mas por alguma razão sentia-me verdadeiramente em casa.




Ali encontrava-se uma multidão que de uma maneira ou de outra estava à procura do mesmo, refletir sobre si, sobre o mundo e os outros. Uniam-se culturas, etnias, nacionalidades e até religiões em prol da paz no mundo sem preconceitos nem guerras.





Todos os dias após acordar as pessoas da comunidade dirigiam-se para a oração destinada a todos aqueles que queriam refletir perto de Deus, um local de silêncio e de paz onde as vozes por mais desafinadas que estivessem unidas criavam a melhor melodia mesmo com todas as suas imperfeições. Repetiram-se ao longo de toda a semana não só de manhã como ao almoço e após o jantar.




Aprendi que nem sempre mais é melhor, que às vezes a simplicidade da vida faz de nós melhores pessoas. Valorizar será sempre a palavra que nunca esquecerei e que trouxe afincadamente na minha memória de Taizé.
Valorizarmo-nos porque somos nós quem dita aquilo que queremos ser e o que queremos fazer e nada nem ninguém nos poderá dizer o contrário.
Valorizar os outros, aqueles que como os nossos pais estão lá sempre para nós em qualquer circunstância, aqules que nos fazem rir quando a tristeza parece querer ficar, aqueles que se esforçam diariamente para nos darem uma boa vida.
Valorizarmos cada momento, cada prato de comida, cada copo de água, a nossa cama e a nossa casa porque secalhar somos quem vivemos melhor, secalhar aquele nosso vizinho não tem as condições básicas para viver e nós passamos a vida a queixarmo-nos do que não temos e poderiamos ter quando o que nós temos é que muita gente precisa de ter.




Cada grupo que em Taizé se formou por muita distância que haja jamais será separado, cada lágrima, cada gargalhada, cada foto são memórias que guardo no meu coração daqueles que foram os elementos do meu grupo de reflexão. é incrível perceber que mesmo com opiniões divergentes o respeito, o espaço de cada pessoa nunca foi posto em causa.
Às vezes esquecemo-nos que podemos realmente mudar o mundo se conseguirmos a ser felizes ao fazer os outros felizes, um bom dia a quem passa na rua, um abraço aqueles que mais precisam, uma conversa com quem está triste ou abandonado. Porque às vezes não faltam bens, mas faltam pessoas na vida de alguém.


 


Muitas vezes os caminhos vão dar ao lago deo silêncio...Um lago de extema beleza, vemos as pessoas a passear, a desenhar, a tirar fotos, mas acima de tudo a refletir à beira do lago, a verem o seu reflexo na àgua e pensarem em tudo aquilo que viveram até à data. É um dos meus lugares preferidos, ouvir o vento a bater nos ramos, ver os patos a nadar, ouvir um silênco que chega a ser angustiante, mas que às vezes é necessário, um local isolado de tudo e de todos em que as pessoas que ali estão precisam do mesmo que tu.







 "Passa-se por Taizé como se passa perto de uma fonte, o viajante passa, mata a sede e continua o seu caminho". Esta frase diz muito do que é Taizé, afinal nós procuramos quem somos e o rumo que deveremos dar à nossa vida, queremos encontrar uma maneira de renovar a nossa alma, espirito e mente e em Taizé encontramos esse renascer que às vezes é necessário.



Mais informações sobre Taizé.












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